Voando. Foi assim a estreia oficial do Montes Claros Vôlei em competições, na temporada 2015/16. Foram 3 sets a 0 diante de mais de duas mil pessoas que compareceram ao Caldeirão nesta noite de sábado (29), para a primeira partida do Pequi Atômico no Campeonato Mineiro. Apesar do placar máximo, com parciais de 25/18, 25/23 e 25/18, a equipe do Unincor/Três Corações chegou sem se intimidar e tentou dar o tom da partida, mas o MOC prevaleceu dentro de casa.
3 sets a 0 na estreia, contra o Unincor/Três Corações (Foto: Matheus Pereira/MCV)
Os jovens garotos do time tricordiano vieram a Montes Claros para realizar sua terceira partida na competição, sendo as duas primeiras uma vitória e uma derrota, contra a UFJF e o Camponesa/Minas, respectivamente. O Montes Claros mostrou talento individual em prol do coletivo, e impôs o mando de casa para cima da equipe adversária.
O JOGO
O MOC começou o jogo meio desligado, errando na recepção contra uma equipe que iniciou mais entrosada, mas o técnico Marcelinho Ramos logo trabalhou para corrigir. Em conversa com os jogadores nas paradas de tempo técnico, o treinador acertou a postura dos atletas e logo o Pequi Atômico assumiu o controle da partida, virando no 15/14. A partir daí, o time norte-mineiro não ficou mais atrás no placar do primeiro set.
O MOC venceu, e venceu bem dentro de casa (Foto: Matheus Pereira/MCV)
Segundo set, o MOC disparou na frente, chegou a fazer 05/01, a equipe da Zona da Mata esboçou uma reação virando o placar, que se manteve até 12/12, quando o Pequi Atômico retomou a dianteira. O talento de Juninho foi o diferencial para o Pequi Atômico. O ponteiro se mostrou certeiro nos saques e em muitos outro fundamentos, como o passe. Foi o maior pontuador da partida, anotando 12 pontos.
No terceiro set, o Unincor não parou de surpreender. Naquele que parecia ser o mais fácil dos três turnos, a equipe do sudoeste mineiro resolveu endurecer no fim para tentar arrancar um fôlego final, mas já era tarde. O Montes Claros fechou a partida com boa vantagem.
Outros destaques foram o central Thiago Salsa, que marcou 11 pontos, seguido de perto pelo também central Maicon Leite, com 11 pontos cada. Ao final da partida, Juninho mais uma vez dividiu os méritos com os colegas. “O grande nome (da partida) foi a equipe”, cravou o ponteiro. “Jogamos muito bem para uma estreia. Esperávamos casa cheia, mas realmente me impressionou a galera. Eles veem muito com a gente e conseguimos escutar as cobranças, às vezes. Então, acho que a equipe se comportou muito bem. O resultado, muito bom. Mas, pretendemos evoluir ainda e vamos evoluir”, pontuou.
Juninho foi, mais uma vez, um dos destaques da partida (Foto: Matheus Pereira/MCV)
A grande atuação não iludiu o jogador, que se cobra muito e foi autocrítico. “Particularmente, deixei a desejar no passe. No ataque, variei um pouco mas consegui virar. Uma característica natural. Mas minha preocupação foi o passe. De bom foi o meu saque. Ajudou bastante o time no primeiro set, então me daria uma nota entre seis e meio e set”, completou.
Maicon Leite foi mais sucinto. “Estrear com uma vitória por três a zero é muito bom. Foi uma atuação boa da equipe, jogamos em conjunto. Tivemos altos e baixos, mas conseguimos evoluir para fechar os sets na hora que precisamos”, disse.
A visão de quem está fora das quatro linhas é importante, e Marcelinho minimizou o susto no início da partida. “Como eu sempre disse, o time precisa jogar para passar por isso que passou”, salientou. “Passamos por um momento difícil no primeiro set, soubemos ter o entendimento do que estava acontecendo e voltamos a valorizar a posse de bola. Começamos a sacar melhor, nosso passe começou a entrar e, em consequência, a rodar a bola. Mas isto faz parte da preparação. Como preparação, gostei bastante. E melhor ainda com uma vitória.”
Apesar do placar elástico, Marcelinho valorizou a qualidade do adversário. “Do outro lado tem qualidade, também. Sabemos do trabalho do Toninho (Antônio Cláudio Resende, treinador tricordiano) há muito tempo. Trabalha bem com a base, é um time que taticamente joga muito bem e é uma ‘molecada’ que está aqui para criar o seu espaço. Deram dificuldade para nós, – mérito deles – e tomara que consigam atingir seus objetivos”, finalizou o treinador.
O Unincor voltou para casa, mas o MOC não sai daqui. A próxima partida do Pequi Atômico é nesta quarta (2), também no Caldeirão, às 20h, contra UFJF. Os ingressos podem ser adquiridos a partir de segunda-feira, na Drogaria Minas-Brasil Matriz e nas Lojas Visual (centro e Ibituruna Center) pelo valor de R$5.
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Por: Cid Bruno/MCV
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